Marcelo Teixeira, presidente do Santos Futebol Clube, concedeu uma entrevista ao Estadão em que abordou os desafios e metas para o clube. Em seu sétimo mandato, ele destacou a necessidade de dar um choque de gestão e trabalhar duro para aumentar a receita do clube, além de enxugar a folha salarial e resolver as dívidas referentes a 2023. Teixeira também falou sobre seu desejo de repatriar Neymar em um projeto ambicioso e competir com as principais potências do futebol nacional, como Palmeiras e Flamengo.
Como você encontrou o Santos?
Marcelo Teixeira já sabia que a situação no Santos era grave antes de assumir a presidência do clube. Ele entende que não adiantava ficar comentando como as coisas poderiam ter sido diferentes e sim buscar soluções para equacionar os problemas.
Foram detalhados os números dos seus 100 primeiros dias de gestão. Qual foi - ou está sendo - a maior dificuldade?
Teixeira destaca a existência de muitos desafios, principalmente os relacionados à esfera esportiva, financeira e estrutural. O clube estava aquém dos principais adversários e possuía um passivo relativamente alto, com compromissos a curto prazo, o que representa grandes desafios a serem enfrentados pelo presidente.
Esperava que o time chegasse à final do Paulistão?
O objetivo do presidente era montar um time competitivo, remoldando a equipe que existia em 2023, tornando-a completamente diferente. O time alcançou um bom desempenho, mas o objetivo é apagar o que foi feito e focar na Série B do Campeonato Brasileiro. O nível, apesar de diferente, é forte e o Santos deve se planejar para enfrentar as novas dificuldades que surgirão.
Sem Copa do Brasil e na Série B, como impulsionar a arrecadação e atrair novos investimentos?
O departamento de marketing do clube trabalhou para valorizar os parceiros existentes, visando a permanência deles, bem como buscou novos parceiros que poderiam participar do projeto. Teixeira afirma que a valorização dos contratos já existentes foi um grande ganho em relação ao que o clube tinha em orçamento anterior e que o choque de gestão desejado foi alcançado mesmo na Série B.
Como estão as conversas com a WTorre sobre a nova Vila Belmiro?
As conversas têm avançado e evoluído constantemente, mesmo com muitos detalhes que exigem cuidado de ambas as partes. Teixeira afirma que o plano é criar uma Vila Belmiro moderna e multiuso em seu local original, sabendo que o terreno é diferente. O presidente acredita que um estádio moderno e multiuso na Vila é o ideal para o Santos.
O Santos pretende jogar no Allianz Parque neste ano?
Teixeira afirma que, no momento, não há conversas sobre jogar no Allianz Parque neste ano, já que o clube tem um impedimento para os primeiros jogos na Vila pela punição aplicada pelo STJD. Mas a vontade de jogar no estádio é presente e deve ser estudada para o futuro.
Como vocês conversaram sobre a possibilidade de repatriar Neymar?
Apesar de não ter conversado diretamente com Neymar sobre um possível retorno ao Santos, Teixeira afirma que o desejo é recíproco e que existe um projeto ambicioso para as duas partes, visto o que o clube representa para o jogador e vice-versa.
É possível enxergar no futuro o Santos competindo com as principais potências do País, como Flamengo e Palmeiras?
Teixeira acredita que o Santos tem uma força e um potencial que já está voltando a demonstrar, mesmo reconhecendo a grande dificuldade que é competir com duas grandes potências do futebol nacional. A marca do Santos é forte e simpática, sem apresentar rejeição, portanto, o protagonismo já começou a ser retomado e há a possibilidade de uma nova liga, que seria um fator importante para facilitar o trabalho dos grandes no futebol brasileiro.
O que pensa das SAFs no futebol brasileiro?
O presidente do Santos é favorável às SAFs, porém, acredita que é necessário mudar a cultura do futebol brasileiro para que elas tenham sucesso. Ele afirma que todo clube deve ser profissional independentemente do modelo empresarial e que a transformação deve vir como uma consequência, sendo que a obrigação do gestor é preparar o clube para tal eventualidade.
A entrevista com Marcelo Teixeira mostrou que o Santos está sob excelentes mãos e que o presidente está ciente de seus desafios e metas para o futuro. O choque de gestão desejado foi alcançado mesmo na segunda divisão e o clube busca reverter os cenários negativos em receita e estrutura em um futuro próximo.
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