O que são títulos do Tesouro? Descubra o amor pelos investimentos seguros!

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Meu caso de amor com títulos públicos federais que pagam taxas de juros acima da inflação é antigo.

Não tive a sorte de comprar os papéis atrelados ao IGP-M, mas o investimento em papéis ligados ao IPCA foi, sem dúvida nenhuma, o mais bem-sucedido. Na época, elas, as notas, se chamavam apenas Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-Bs), antes mesmo de receberem, dos mais íntimos, o apelido de “Bs”.

Falo de um tempo bem mais antigo, portanto, do que de 2015, quando veio seu nome de guerra, Tesouro IPCA+. Aliás, até hoje acho que esse “segundo nome” não é dos melhores.

Não que o termo NTN-B tenha algum significado para alguém na Praça da Sé. Mas mesmo o novo nome, que veio com a ideia de simplificar e traduzir, não passa a essência do que realmente é atraente nelas, que é o juro real.

Tenho certeza, aliás, de que muito investidor compra o título achando que está apostando na alta da inflação quando, na verdade, está no máximo tentando se proteger de uma possível elevação no futuro, e, mais comumente, simplesmente querendo tirá-la de seu horizonte de decisão.

Qual é a essência dos papéis do Tesouro IPCA+?

E se o IPCA não é a parte que realmente importa nesse investimento, o essencial está no que vem depois do “+”, mas que fica oculto, claro, porque varia todos os dias.

Na época do início da paquera, quase 20 anos atrás, o que elas entregavam depois do “+” era espetacular. Mais de 8% de juro real, quase 9%. Mas quase ninguém parecia dar muita bola quando eu comentava e achava bom demais para ser verdade.

Imagina iniciar um relacionamento, digo, investimento, que só iria terminar dali a 20 ou 30 anos, diziam. “O pequeno investidor não está preparado para isso.... é uma aplicação apenas para fundos de pensão”, cansava de ouvir de analistas.

Vale a pena investir a longo prazo?

Teimoso, acabei insistindo e segui meu coração. Comprei primeiro as que venceriam em 2024, alguns anos depois as que tinham prazo até 2035.

Na época, não tinha certeza absoluta de que ficaria com os papéis até que a morte (do título) nos separasse. Mas a intenção era carregá-los por um bom tempo, o que me tirava do radar qualquer receio sobre eventuais contratempos do dia a dia (no jargão, esses ruídos do relacionamento são chamados de marcação a mercado).

Talvez eu esteja diminuindo demais o peso dessa volatilidade no curtíssimo prazo, que cai de forma diferente para cada um. Mas como minha ideia era comprar para “esquecer”, o sobe-e-desce realmente nunca me incomodou.

Como lidar com a volatilidade?

E foi apenas depois de um tempo que eu pude entender melhor o motivo da minha tranquilidade, mesmo com o preço sacudindo tanto. A realidade é que a aplicação feita em meados dos anos 2000 rendeu tão bem que, mesmo nos momentos de turbulência, ela seguia bastante acima da variação do CDI no período.

Aliás, é certo que comecei a comprar em outra época, com bastante gordura. Mas, olhando o histórico do Tesouro IPCA+ 2035 em janelas móveis diárias de 48 meses, sempre que um investidor comprou esse papel com taxa de juro real acima de 5%, em 98,13% das vezes o investimento superou o CDI acumulado no mesmo período.

Claro que um gestor experiente pode ler este relato e argumentar que o melhor dos mundos seria sim ter comprado os papéis na data original, mas vendido os títulos para realizar lucros quando a taxa caía, e depois ter voltado a comprar só quando a taxa subisse. O retorno seria ainda maior.

Qual é a estratégia ideal?

Mas minha bola de cristal não é das melhores, e nunca tive a pretensão de antever com precisão os movimentos no mercado de juros.

Então, assegurar uma bela taxa de juro real acima da inflação, sem precisar me preocupar muito com reinvestimento, sempre me pareceu uma boa ideia.

E me lembrei de contar essa história de amor por dois motivos. O primeiro é que as minhas queridas “


Por /Fernando Torres


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