As tentativas de mudança na cúpula da Petrobras têm gerado instabilidade na empresa, segundo o conselheiro Francisco Petros, advogado e economista. Petros, que buscará a recondução para um novo mandato na assembleia de acionistas na próxima semana, destaca que a discussão sobre a troca de comando não é positiva, pois cria certa paralisia na empresa e exacerba a volatilidade das ações.
O sistema de governança no Brasil
Em entrevista, Petros salienta que fala em nome pessoal e não da empresa e critica o sistema de governança no Brasil, incluindo o Estado e as estatais, em especial de economia mista, como a Petrobras. Considera favorável a distribuição de 100% de dividendos extraordinários, tema a ser definido na assembleia do dia 25 deste mês, e defende os investimentos da Petrobras em transição energética.
O investimento da Petrobras em transição energética
Petros defende o comprometimento da Petrobras com sua estratégia de transição energética, que envolve a redução da dependência em relação ao petróleo e ampliação dos investimentos em fontes renováveis. Na visão do economista, é importante que a empresa invista de forma consistente na diversificação de sua matriz energética, o que permitirá maior segurança energética, além de colaborar para a preservação do meio ambiente e a redução da emissão de gases de efeito estufa.
A governança corporativa na Petrobras
Como conselheiro da Petrobras, Petros ressalta a importância da governança corporativa para a empresa. Segundo ele, é fundamental que a companhia siga as melhores práticas de governança, aumentando a transparência em suas atividades. Nesse sentido, considera que a Petrobras já tem avançado em relação à estruturação de seu conselho de administração e a adoção de medidas para aumentar a efetividade do monitoramento das decisões da diretoria.
Por /Kariny Leal, Fábio Couto e Fra