Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Colômbia, Gustavo Petro, se reunirão na próxima semana para tratar de diversos assuntos, como a situação política na Venezuela após as restrições eleitorais a opositores e a guerra na Faixa de Gaza. A reunião acontecerá na Casa de Nariño, sede da presidência colombiana, e será focada em temas políticos sensíveis, mas também haverá discussões sobre o "Consenso de Brasília", documento assinado após a reunião de presidentes sul-americanos em maio passado e os rumos da Celac, que será presidida pela Colômbia em 2025. Além disso, a reunião trará debates sobre a compra e venda de produtos à base de maconha medicinal, a transferência de conhecimento para a produção da vacina da dengue, a interligação energética regional, de fibra ótica na Amazônia e a retomada de um corredor bioceânico intermodal.
Venezuela: críticas e relações políticas históricas
Os presidentes Lula e Petro, aliados políticos históricos do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, emprestaram prestígio político para reabilitar o chavista internacionalmente. No entanto, passaram a fazer críticas inéditas em público depois que a principal força de oposição venezuelana foi impedida de disputar as eleições presidenciais. Esse fato gerou críticas tanto de Lula quanto de Petro, não recebendo explicações razoáveis, segundo o petista. Petro afirmou que havia um “golpe antidemocrático” em Caracas, enquanto Lula determinou uma nota do Itamaraty e classificou a situação como “grave”. Vale ressaltar que ambos vão se encontrar para debater essa e outras questões políticas sensíveis.
Israel: crise diplomática
Lula e Petro também acumulam crises diplomáticas com Israel, tanto que ambos convocaram seus embaixadores de volta a Brasília e a Bogotá, em decorrência de discordâncias políticas e repúdio à guerra que o governo israelense promove na Faixa de Gaza. Petro passou a ser considerado persona non grata no país depois que comparou a campanha das Forças de Defesa de Israel (FDI) na Faixa de Gaza ao holocausto. Já Lula se recusou a pedir desculpas, exigidas por Tel Aviv, e costuma insistir em considerar que o governo israelense promove um “genocídio” de palestinos, apoiando o processo contra Israel, denunciado por genocídio, perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ). Petro ameaça romper relações com Tel Aviv se o governo Benjamin Netanyahu seguir descumprindo a determinação de cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Lula já fez cobranças similares e acusou Israel de ignorar as determinações liminares da CIJ, a fim de prevenir o genocídio e crimes de guerra.
Importância da reunião
É importante destacar que Lula será o primeiro presidente brasileiro a visitar a Colômbia em 2024, o que demonstra um grande sinal de prestígio diplomático. O encontro entre os líderes será fundamental para tratar de diversos assuntos políticos sensíveis, em especial as relações com a Venezuela e Israel. Os presidentes também pretendem conversar sobre a implementação da Declaração de Belém, assinada em agosto do ano passado depois de uma cúpula sobre a Amazônia convocada por Lula, a exploração do petróleo na região e as perspectivas para a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Além disso, a reunião abordará a compra e venda de produtos à base de maconha medicinal, a transferência de conhecimento para a produção da vacina da dengue, a interligação energética regional, de fibra ótica na Amazônia e a retomada de um corredor bioceânico intermodal.
Conclusão
Em resumo, é inegável que a reunião entre Lula e Petro é um dos temas mais importantes no cenário político atual, especialmente para a América Latina. As questões que serão debatidas durante o encontro são fundamentais e impactam diretamente a região, tendo em vista a relevância desses temas para os países e suas populações. Espera-se que a reunião produza acordos e soluções para uma série de problemas que afetam tanto a Venezuela quanto Israel, promovendo, assim, uma maior estabilidade política e econômica na região como um todo. Chegou a hora de os líderes mostrarem maturidade e responsabilidade política para superar as desavenças, colocando em primeiro lugar o bem-estar e o progresso de seus países e seus povos.
Referências
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