A Bioom fechou uma parceria com a farmacêutica indiana Biocon para distribuir no Brasil um similar do medicamento Ozempic, da Novo Nordisk. O medicamento tem como princípio ativo a semaglutida, que pertence à classe de medicamentos análogos ao hormônio GLP-1, atuando na regulação da glicemia e do apetite.
Segundo informações do Valor Econômico, a Novo Nordisk tem direito de exclusividade sobre semaglutida até expirar a patente do produto, em 17 de julho de 2026. A partir daí, outros fabricantes poderão produzir similares com o mesmo princípio ativo.
Como a Bioom vai se destacar nesse mercado?
O CEO da Biomm, Heraldo Marchezini, disse que a empresa já vai submeter o pedido de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o medicamento esteja pronto para lançamento no varejo assim que a patente expirar. “Vamos nos preparar para lançar no dia seguinte à expiração da patente”, disse o executivo.
Potencial de mercado
Os medicamentos da classe GLP-1 incluem a semaglutida e a liraglutida. No Brasil, o mercado desses medicamentos é estimado em R$ 4 bilhões pela IQVIA, sendo que a semaglutida movimenta R$ 3 bilhões por ano. Nos últimos dois anos, as vendas do medicamento cresceram 39% ao ano no país. “Esse ritmo de crescimento indica que há uma demanda reprimida no país. Existe uma fatia do mercado de diabetes que não é atendida. Um segundo elemento é que também existe uma demanda grande para tratamento da obesidade”, disse Marchezini.
Parceria Bioom-Biocon
A Biocon é o quarto maior produtor de insulina do mundo e também é especializada em produtos biossimilares. A união com a Bioom pode ser vantajosa para ambas as empresas, pois a Biocon entrará no mercado brasileiro e a Biomm poderá oferecer um produto de qualidade para os pacientes brasileiros que necessitam desses medicamentos.
Como o mercado deve se adaptar?
Com a entrada de um novo concorrente no mercado de medicamentos similares, as empresas já consolidadas nesse segmento precisarão reduzir seus preços para manter a competitividade e expandir seus negócios. Os pacientes, por sua vez, serão beneficiados com a maior oferta de medicamentos similares e os preços mais competitivos no mercado.
Por /Cibelle Bouças