A previsibilidade orçamentária é fundamental para fortalecer a Base Industrial de Defesa e aumentar a capacidade de dissuasão em um mundo multipolar, diz o comandante do Exército, general Tomás Paiva. Em seu discurso durante a cerimônia em alusão ao Dia do Exército, Paiva ressaltou a importância do treinamento eficaz e da dotação de materiais modernos para preparar o soldado para o futuro. Ele ainda destacou que a previsibilidade orçamentária ajuda a aprimorar o valor do soldado e fortalece a Base Industrial de Defesa, contribuindo para aumentar a capacidade de dissuasão do país em tempos de conflitos bélicos.

O discurso do comandante do Exército ocorre poucos dias depois de comandantes das Forças Armadas terem participado de audiência na Câmara para reclamarem dos cortes de orçamento. Na audiência, os militares alertaram que o valor alocado para munição e combustível está abaixo do que é necessário ou do mínimo aceitável.

Fortalecimento da Base Industrial de Defesa é chave para dissuasão em mundo multipolar

A constante evolução tecnológica tem obrigado a Força a priorizar a atração, capacitação e retenção de recursos humanos. Paiva ressaltou em seu discurso que a Força integra uma “instituição de Estado, alicerçada na hierarquia e na disciplina”, que se mantém coesa pelo culto a valores imutáveis. Ele ainda ressaltou que estão sempre prontos para garantir a soberania do país, protegendo nossas fronteiras e guardando nossas riquezas em todos os quadrantes deste imenso território, bem como conduzindo ações subsidiárias que contribuem para o desenvolvimento e preservação ambiental e aliviam o sofrimento da população em meio a desastres naturais.

O papel da previsibilidade orçamentária na preparação do soldado para o futuro

Paiva destacou ainda que a previsibilidade orçamentária é fundamental para aprimorar o valor do soldado por meio do treinamento eficaz e da dotação de materiais modernos. O comandante do Exército ressaltou que a constante evolução tecnológica tem obrigado a Força a priorizar a atração, capacitação e retenção de recursos humanos para formar líderes do amanhã. Além disso, a previsibilidade orçamentária é fundamental para a base industrial da defesa e para a capacidade de dissuasão do país em um mundo multipolar.

Redução de efetivo para tornar o orçamento mais eficiente

Um índice de perda de 46% na capacidade orçamentária no setor de Defesa nos últimos dez anos é o que aponta Marcos Sampaio Olsen, da Marinha. Ele alertou que o valor alocado para munição e combustível está abaixo do que é necessário ou do mínimo aceitável. A Marinha tem adotado a redução de efetivo de forma a tornar o orçamento mais eficiente.

Novo episódio envolvendo os ataques golpistas do 8 de Janeiro

A comemoração do Dia do Exército com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é oficial, o que ocorreu em meio à revelação de um novo episódio envolvendo os ataques golpistas do 8 de Janeiro. Esse episódio desencadeou uma crise que culminou no pedido de demissão do então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Gonçalves Dias. Na época, o presidente disse não guardar rancor dos militares pelo 8 de janeiro e enfatizou que “o Exército não é mais o Exército de Bolsonaro”.

A relação entre o governo federal e as Forças Armadas está mais amena, e o episódio mais recente que representa novo relacionamento refere-se às manifestações do golpe militar de 1964. Sob pressão de apoiadores, o presidente desautorizou ações da gestão federal que relembrassem a data para evitar atritos com as Forças.

Conclusão

A previsibilidade orçamentária é fundamental para a Base Industrial de Defesa e a capacidade de dissuasão do Brasil em tempos de conflitos bélicos. O discurso do comandante do Exército, general Tomás Paiva, destaca a importância do treinamento eficaz e da dotação de materiais modernos para preparar o soldado para o futuro. Os cortes de orçamento nas Forças Armadas têm sido motivo de preocupação para os comandantes, que alertaram sobre a necessidade de se reverter a situação para evitar prejuízos à segurança nacional. A relação entre governo federal e as Forças Armadas é delicada, mas amena. O episódio mais recente envolve as manifestações sobre a ditadura militar de 1964.

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