Recentemente, um confronto policial em Paraisópolis, zona sul de São Paulo, resultou em uma criança ferida. Kauã Veríssimo Félix, de apenas sete anos, teria sido perfurado na testa enquanto tentava se proteger atrás de um carro junto com a mãe durante uma troca de tiros. Apesar dos rumores de que o ferimento teria sido causado pelos policiais militares envolvidos na ação, a PM afirma que a análise das câmeras dos agentes mostra que a criança não foi atingida pelos disparos da polícia.

Embora a PM avalie a ação como técnica e efetuada apenas quando havia condições para revidar os disparos realizados pelos criminosos, uma criança ter sido ferida em meio a um confronto é sempre lamentável. Além disso, o caso ainda traz outros questionamentos.

O que os PMs relataram no boletim de ocorrência?

De acordo com o boletim de ocorrência, a ação dos policiais ocorreu enquanto realizavam uma ronda de patrulhamento na Viela Passarinho. Ao avistarem dois suspeitos em fuga, os policiais os seguiram até a comunidade da Grota, onde teriam sido recebidos a tiros pelo terceiro indivíduo, revidando com seus próprios disparos. Segundo o boletim, ninguém teria sido atingido durante o confronto.

Em que momento a criança foi ferida?

Os policiais relatam que a criança teria aparecido correndo logo após os confrontos, ferida na cabeça. De acordo com os PMs, no Hospital do Campo Limpo, onde a criança foi atendida, foi constatado que o ferimento apresentado por Kauã era superficial e pode ter sido em decorrência dos estilhaços ou de uma queda, mas reconhecem que a criança apresentou um sangramento expressivo.

Kauã foi atingido por disparos dos policiais?

A PM afirma que, a partir da análise das câmeras corporais dos policiais que estavam na ação, concluíram que a criança não foi ferida por disparo de arma de fogo proveniente de arma de policial militar. Ainda não se sabe ao certo o que levou ao ferimento da criança, mas a PM levanta a hipótese de que possa ter sido causado por um disparo dos criminosos, estilhaço ou até mesmo um ferimento provocado por uma queda.

Qual é o estado de saúde da criança?

Kauã foi socorrido prontamente após o ferimento e levado para um centro médico em Paraisópolis. Posteriormente, foi encaminhado para o Hospital do Campo Limpo, bairro próximo. Embora o ferimento fosse considerado superficial, a criança apresentou sangramento expressivo. No entanto, o quadro de saúde do menino é considerado estável, sem necessidade de cirurgia.

Como a comunidade de Paraisópolis reagiu ao caso?

Devido ao tiroteio em uma área com circulação diária de aproximadamente sete mil crianças indo para escola e tantos trabalhadores, dentre outras pessoas que frequentam o local, uma manifestação chamada “Ato pela paz” será realizada em frente da União dos Moradores de Paraisópolis, no qual pedem por políticas públicas para evitar a violência na região.

Por fim, a circunstância do ferimento de uma criança em meio a um confronto policial é triste e preocupante. É necessário o esclarecimento dos fatos para que se possa obter respostas e soluções para que casos como esse não ocorram novamente.

Esperamos que haja investigação e transparência sobre esta situação, além da elaboração de políticas públicas eficazes para que a população não se torne novamente vítima de eventos tristes como esse.

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