Corrida ilegal do ouro: Narcogarimpo pode se espalhar do Roraima para o Vale do Tapajós, no Pará.

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Recentemente, uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em parceria com o Instituto Mãe Crioula, com apoio do Instituto Clima e Sociedade, indica que a região do Vale do Tapajós, no Pará, pode se tornar um novo epicentro do narcogarimpo, o garimpo ilegal explorado pelo tráfico de drogas organizado. Isso tem se tornado um grande problema, pois a região tem enfrentado problemas sociais, ambientais, sanitários e de violência semelhantes aos da Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

Floresta amazônica
Floresta amazônica

A região do sudoeste paraense, como Itaituba e Jacareacanga, já é conhecida pela alta atividade garimpeira, legal e ilegal. Agora, essa região amazônica que compreende ainda o Mato Grosso e o Amazonas aparece como um campo fértil para a expansão de negócios de grupos criminosos.

Problemas na região e entrada de facções

A entrada de facções na exploração do ouro tem o efeito de ampliar seus poderes econômico e bélico, e de dificultar o enfrentamento delas pelo Estado brasileiro. Nos últimos anos, grupos criminosos encontraram no garimpo um meio para lavar dinheiro sujo e uma estrutura logística útil ao escoamento de drogas e de armas por dentro da floresta amazônica. Porém, isso é apenas o começo das consequências negativas.

Floresta tropical
Floresta tropical

Falta de solução definitiva e complexidade da extração de ouro

O estudo indica que pelo menos duas situações podem contribuir para a expansão no Pará. Uma é a falta de solução definitiva para o garimpo na região dos Yanomami e a complexidade da extração ilegal que já funciona em parte do estado. Investigações da Polícia Federal apontam que o sudoeste paraense serve para "esquentamento" do ouro ilegal retirado de Roraima. Ou seja, o mineral sai do território indígena, é declarado por garimpos com autorização para funcionar no Vale do Tapajós e depois é vendido como legal.

Impacto ambiental e humanitário

A extração ilegal de ouro no garimpo pode causar vários problemas ambientais, entre eles a contaminação por mercúrio - elemento usado na extração do ouro - e a degradação ambiental. Além disso, a malária e a desnutrição são causas de morte. A ampliação das atividades de garimpo resultou em uma crise humanitária, especialmente nos Yanomami.

Portanto, é importante que as autoridades tomem medidas efetivas para resolver essa situação e evitar a expansão do narcogarimpo com a entrada de facções, que trazem consigo graves problemas sociais, ambientais, sanitários e de violência.

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