As ruas estão cheias de gente apressada, mas onde estão as palavras abraçadas em narrativa, as grandes histórias que nos fazem refletir sobre o absurdo da vida? É o maior pesadelo de um escritor - ter muito a dizer e tão pouca disposição para fazê-lo.
O mundo do absurdo
A vida sempre foi absurda, desde tempos imemoriais. Mitos, religiões e arte existem para nos ajudar a compreender essa realidade. Mas hoje, com a aceleração insaciável, o absurdo atingiu um patamar ainda mais extremo. Tudo é bizarro, mas ao mesmo tempo nada é bizarro, e parece que o mundo está sempre dobrando as apostas para capturar a nossa atenção.
A sociedade da distração
Estamos ocupados com as distrações do mundo moderno. O fluxo de pensamentos é constantemente interrompido e interromper essas interrupções tornou-se um esforço heróico. Ler um livro ou ver um filme até o final, sem tocar no telefone, é um feito. Opiniões sem fim sobre todas as coisas, muito ruído, mas pouca palavra.
O apelo do próximo estilhaço
Distraindo-nos com pedaços de informação, saltamos de parágrafo em parágrafo na esperança de que o próximo estilhaço traga a grande revelação. Onde estão as grandes histórias que nos ajudam a compreender a vida, que nos desafiam e nos fazem pensar? Não agora, mas em breve, no próximo capítulo, tudo fará sentido. O melhor ainda está por vir.
A fogueira da narrativa
Quando o café já está frio, ainda queremos compartilhar nossas histórias e tecer memórias. Às vezes parece que estamos frente a frente em silêncio, mas a poesia ainda existe se soubermos olhar por cima das distrações. Um escritor solitário sonha em acender uma grande fogueira no meio da rua para que possamos contar histórias a partir de tantos estilhaços.
Compreender esse mundo absurdo é um desafio para todos nós, mas é a partir da narrativa que podemos confrontá-lo e encontrar significado. Contar histórias é fundamental para a humanidade, então não pare de contar as suas.
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Por /Renato Essenfelder