Governo Tarcísio recua da intenção de aumentar poder da PM: Reação da Polícia Civil força a mudança

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Recentemente, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) havia anunciado um plano para aumentar o poder da Polícia Militar, permitindo que a instituição fizesse o registro dos Termos Circunstanciados (TCs), registro utilizado para crimes de menor poder ofensivo, atualmente uma atribuição da Polícia Civil. Além disso, a PM seria responsável por executar as investigações complementares requisitadas nos casos pelos órgãos judiciais.

imagem de policiais
Foto: Unsplash

Porém, diante do planejamento, o delegado-geral Artur Dian convocou uma reunião extraordinária do Conselho da Polícia Civil, e após o encontro, a cúpula reafirmou seu “apoio total” à reação de Dian contra o plano exposto pela PM, demonstrando insatisfação com a tentativa de invasão de atribuição de uma polícia pela outra.

Qual era o plano?

Passar para a Polícia Militar a responsabilidade para registrar os chamados Termos Circunstanciados (TCs), bem como as diligências que fossem depois requisitadas pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário. Algo que atualmente é uma atribuição da Polícia Civil.

Por que a proposta gerou reação?

A polícia civil foi alijada de diversas operações importantes para o combate à criminalidade organizada, como a Fim da Linha, levando à intervenção nas empresas de ônibus Transwolff e UPBus, que lavava dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) no sistema de transporte público de São Paulo.

Imagem de viatura policial
Foto: Unsplash

Como a situação foi resolvida?

Após a reunião do Conselho da Polícia Civil, a Secretaria da Segurança Pública anunciou o recuo do governo Tarcísio de Freitas, e será constituído um grupo de trabalho com representantes da PM, da Polícia Civil e da Polícia Técnico-Científica, que terão 45 dias para examinar o tema. Esse grupo verificará a possibilidade de a PM fazer os TCs e a adoção de um Boletim de Ocorrência Único. Entretanto, o secretário da Segurança Pública ainda garantiu que não haverá invasão de atribuição de uma polícia pela outra. Isso, afastando a possibilidade de a PM fazer as diligências complementares que forem requisitadas pelo Ministério Público e pelo Judiciário após o registro dos TCs.

Vantagens e desvantagens

O governo Tarcísio de Freitas defendia que a transferência de atribuição permitiria uma maior celeridade no atendimento das ocorrências, permitindo que os policiais militares voltem rapidamente às ruas para realizar o patrulhamento. Entretanto, ao assumir novas responsabilidades, a PM poderia prejudicar o trabalho da Polícia Civil, que já está sobrecarregada com seus casos.

Conclusão

A escolha de qual polícia deverá realizar a tarefa de registrar os TCs e em como efetivar a colaboração entre a PM e a Polícia Civil ainda está em debate. É necessário encontrar um equilíbrio que permita uma maior agilidade na realização dos trabalhos sem prejudicar a realização das diligências pelos órgãos competentes.

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Disclaimer: Este artigo é uma tradução livre do original em português publicado no Estadão.


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