Halving do bitcoin: o que é e como pode influenciar o valor da criptomoeda? Regulação do bitcoin: pe

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O “evento do ano” no mundo cripto está chegando. Trata-se do quarto halving do bitcoin, que deve ocorrer entre esta sexta-feira (19) e domingo. Com a redução pela metade da “emissão” do criptoativo, a expectativa é saber o quanto isso vai mexer com o preço do ativo. Historicamente, o preço do bitcoin aumenta um ano após o halving, mas é seguido por um período de ajuste de preços. E nesse período de ajustes, há outras importantes variáveis que devem ser observadas, segundo especialistas.

Juros americanos

Como em todos os mercados tradicionais ou alternativos, a política monetária dos Estados Unidos é determinante no tamanho da valorização, ou do tombo, de um determinado ativo. E não é diferente no caso do bitcoin. Apesar do principal criptoativo do mundo ter atingido um novo recorde histórico em março passado, aproximadamente um mês antes do halving, o preço sofre a pressão dos rumos dos juros americanos, que estão mantidos e sem previsão de que vão mudar pelo menos até junho. Parte do mercado até começa a se questionar se, de fato, o corte na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) vai acontecer em 2024. Como a taxa de juros alta é um atrativo para os investidores se manterem em renda fixa, fator que tem contribuído para a saída de dinheiro da bolsa brasileira, e a correlação entre mercado tradicional e o mercado cripto é cada vez maior, a chance dos investidores quererem se manter em posições mais rentáveis e menos arriscadas é grande.

Regulamentação além das fronteiras

Nesse ano, a escassez do bitcoin que pode “fazer preço” no ativo acontece em meio a um contexto mais amplo e complexo, com implicações que vão além da mecânica da oferta e demanda. O cenário é de maior regulamentação no mercado, lembrou Flavia Jabur, da Liqi Digital Assets, durante palestra organizada pelo Itaú. A aprovação das listagens dos primeiros ETFs (fundos de índice negociados em bolsa) com exposição direta a bitcoin pela Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM dos EUA), em janeiro, era muito aguardada pelo mercado para atrair capital de investidores institucionais, ampliar oferta em plataformas tradicionais e trazer mais segurança aos ativos. Antes destes fundos de índice, os reguladores dos Estados Unidos mantinham grande aversão ao criptoativos, alegando, principalmente, que alguns agentes podem colocar em risco a segurança dos investidores com manipulação de preços e de liquidez. Apesar de os ETFs de bitcoin não mudarem o entendimento do regulador de que todas as demais criptomoedas do mercado são valores mobiliários, a sinalização foi muito expressiva. Tanto que outros mercados de capitais têm acelerado seu entendimento sobre o bitcoin. Nesta semana, por exemplo, na esteira do mercado americano, o regulador de Hong Kong também sinalizou estar prestes a aprovar o lançamento de ETFs de bitcoin e ethereum, podendo destravar a demanda de investidores institucionais nesse mercado. Hong Kong, aliás, seria um dos primeiros lugares do mundo a aprovar um ETF de ethereum dentro de uma estratégia, ainda que lenta, de se tornar um centro regulamentado para competir com lugares como Dubai e Cingapura frente à proibição do comércio de criptoativos na China continental, após uma repressão massiva ao setor em 2021.

Tensões geopolíticas no radar

O terceiro fator que deve ser observado tem a ver com as animosidades globais. Os tempos recentes não têm sido dos mais calmos nas relações geopolíticas que afetam os mercados de capitais. Começou com os conflitos armados entre Rússia e a Ucrânia em 2022. Em 2023, os Estados Unidos aumentaram as restrições sobre vendas de chips para China, e a tensão entre os países cresceu. Este ano, a lista de relações acirradas aumentou com a crise entre Israel e Hamas e, nas últimas semanas, entre Israel e Irã. Esse último, aliás, derrubou o bitcoin ao menor nível em um mês. Segundo informações da Bloomberg, a liquidação do bitcoin foi a mais acentuada em mais de um ano. Outras criptomoedas também tiveram uma forte desvalorização após a eclosão do conflito, com quedas acima de 10% em alguns casos. Por ser considerado um ativo mais arriscado, os investidores tendem a se desfazer das criptomoedas em um cenário de crise que pode afetar o mercado financeiro e correr para os ativos mais sólidos que possam prover proteção ao portfólio.

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Conclusão

Em conclusão, o quarto halving do bitcoin é um evento que pode realmente mexer com o mercado. Porém, é importante lembrar que há outros fatores em jogo, como a política monetária americana, a regulamentação além das fronteiras e as tensões geopolíticas. Esses são fatores não podem ser ignorados pelos investidores. As criptomoedas são ativos altamente voláteis e quem investe nelas precisa estar ciente dos riscos. Por isso, é importante se informar sobre o mercado e estar sempre atento às notícias que podem impactar o setor.

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Por /Gabriela da Cunha e Laelya Lon


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