Piscinões contra enchentes: Moradores e Especialistas Expressam Queixas

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Os moradores do Morumbi, zona sul de São Paulo, estão questionando a construção de dois piscinões na região do estádio MorumBis pelos governos municipal e estadual. Anunciadas em janeiro deste ano, as obras têm como objetivo resolver os alagamentos na região, porém, os moradores consideram a medida “cara” e defasada diante das mudanças climáticas.

A Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) argumenta que medidas complementares não são suficientes para evitar enchentes, por isso a necessidade das grandes intervenções. Já a pasta de Subprefeituras diz que realiza a zeladoria, como limpar córregos, reparar bocas de lobo, coletar resíduos e que agora está monitorando a interdição.

  • A 1ª obra, do governo do Estado, foi iniciada em fevereiro e corresponde a um reservatório subterrâneo com capacidade de armazenamento de 44 m³ de água abaixo da Praça Alfredo Gomes, próximo ao Colégio Porto Seguro.
  • A 2ª obra, da Prefeitura, está em fase de licitação. É um reservatório subterrâneo de 133,5 mil m³, a ser construído abaixo do posto policial ao lado da Praça Roberto Gomes Pedrosa, na região do Portão 1 do MorumBis – e 664 metros de novas galerias de água na região.
  • Ambas têm prazo de conclusão de 24 meses após início das obras.
  • A CET diz que vai monitorar a interdição e orientar o trânsito na região para manter a fluidez e a segurança. “A empresa executante implantou o projeto de sinalização e rotatória da Praça Alfredo Gomes, conforme descrito no termo de permissão de obra viária”, diz o órgão.
imagem relacionada à construção de um reservatório de água
Obra de um dos piscinões, de 44 milhões de litros, feita pelo governo do Estado de São Paulo ao lado do Estádio do Morumbi, começou em fevereiro.

O que os moradores dizem?

Os moradores e especialistas acreditam que a construção dos piscinões é um investimento caro, e não a melhor solução para as mudanças climáticas, exigindo a implementação de outras tecnologias. Tecnologias para monitorar o entupimento de bueiros, descanalização de córregos, implementação de parques lineares e jardins de chuva, além da regularização de moradias são algumas das alternativas mais viáveis e que devem ser consideradas.

Qual é a posição das autoridades?

A Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) argumenta que as grandes intervenções são necessárias, já que as medidas complementares não são suficientes. Já a pasta de Subprefeituras realiza a zeladoria e coleta de resíduos, mas afirmou que medidas mais extremas são necessárias.

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística informa que o projeto tocado pelo município é idealizado pela prefeitura e prevê a interligação a outro reservatório, além do plantio de vegetação. O piscinão RA-01 Antonico, por outro lado, está sendo implementando pelo Estado e pode beneficiar mais de 1 milhão de moradores.

Os especialistas acreditam que soluções baseadas na natureza, jardins de chuva, entre outras alternativas, podem funcionar tão bem quanto ou até melhor do que os piscinões. Paulo Pellegrino, arquiteto urbanista e professor da Universidade de São Paulo, argumenta que é importante que São Paulo abandone a visão de suas águas como inimigas, criando projetos mais avançados e adequados ao cenário atual de mudanças climáticas.

imagem relacionada à tempestade e drenagem

Quais os problemas das enchentes em São Paulo?

O relevo da região do Morumbi favorece o alagamento, ali passa o Córrego Antonico, que transborda em dias de chuva. O corpo d'água faz parte da bacia do Rio Pirajussara, que desemboca no Rio Pinheiros. A infraestrutura de drenagem insuficiente piora a situação, além disso, a predominância de solo asfaltado e impermeável e a grande quantidade de lixo despejado irregularmente entupindo bueiros são agravantes. Todos estes fatores também estão presentes em outros bairros da capital, como pode ter sido visto nos últimos meses, com a cidade enfrentando alagamentos em diferentes regiões.

Conclusão

A construção de piscinões na região do Morumbi é um assunto controverso. As autoridades alegam que essa é a melhor opção para a região, mas os moradores e especialistas parecem discordar. É importante avaliar todas as alternativas e considerar o impacto de cada decisão no meio ambiente e na população local. Com as mudanças climáticas, é indispensável que sejam criados projetos mais avançados, utilizando soluções inovadoras e sustentáveis.

Será que a solução dos piscinões é ultrapassada?

Os especialistas parecem discordar da solução por piscinões. Paulo Pellegrino, arquiteto urbanista e professor da Universidade de São Paulo, argumenta que é importante que São Paulo abandone a visão de suas águas como inimigas, criando projetos mais avançados e adequados ao cenário atual de mudanças climáticas. Segundo ele, é preciso criar jardins de chuva em todo o bairro, regulamentar as construções e construir parques lineares nas encostas. O uso de tecnologias para medir chuvas e detectar o nível de enchentes e entupimento de bueiros, com medidas pontuais nas áreas mais afetadas, como cestas de captação de lixo em bocas de lobo, é outra alternativa barata e eficaz contra enchentes. Sendo assim, os piscinões devem ser o último recurso.

imagem relacionada à chuva e jardinagem

Será que soluções ambientais complementam obras maiores?

A engenheira da Secretaria de Obras responsável pelo projeto dos piscinões, Antonia Guglielmi, explicou que cálculos indicaram que apenas soluções ambientais não seriam suficientes para resolver o problema das enchentes na região. A solução ambiental deve ser complementar, junto com essas soluções maiores. A secretaria municipal afirmou na reunião que soluções ambientais têm potencial de reduzir pela metade o impacto das chuvas no sistema de drenagem. O secretário de Obras, Marcos Monteiro, afirmou na reunião que soluções ambientais têm potencial de reduzir pela metade o impacto das chuvas no sistema de drenagem.

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A situação de São Paulo exige medidas imediatas para lidar com as mudanças climáticas e o alagamento crônico. Deve haver um comprometimento por parte das autoridades na busca de soluções inovadoras e sustentáveis que atendam às necessidades da população local e do meio ambiente.

Concluindo

A construção de piscinões pode ser uma solução temporária, no entanto, medidas complementares também são necessárias. É importante que se considere o impacto ambiental e social de cada decisão e aposte em soluções mais inovadoras e sustentáveis. Cuidar do meio ambiente é uma responsabilidade de todos e, com a colaboração dos moradores e dos governos locais, é possível enfrentar todas as desafios impostos pelas mudanças climáticas.

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