Os investidores estrangeiros retiraram mais de R$ 1 bilhão da B3 em ações já listadas no dia 16 de abril, quando o Ibovespa caiu 0,75%. Devido a isso, o déficit mensal dessa categoria chegou a R$ 4,49 bilhões e o déficit anual ultrapassou R$ 27 bilhões, sendo este o maior volume de saques acumulado no ano até o momento.
O movimento agora é o oposto do que ocorreu em 2023, quando os investidores estrangeiros investiram quase R$ 45 bilhões na bolsa brasileira, contribuindo significativamente para uma alta de cerca de 22%. Porém, em pouco mais de três meses e meio desses ano, mais da metade desse volume foi sacado.
Os investidores estrangeiros continuam a trocar ativos de risco em emergentes como o Brasil pela segurança da renda fixa nos EUA, enquanto as taxas permanecem em patamar recorde. Além disso, a mudança da meta fiscal do governo contribui para afastar os investidores, lançando dúvidas sobre a saúde das contas públicas do país e gerando mais incertezas em relação à economia.
Por que os investidores estrangeiros estão sacando dinheiro da bolsa brasileira?
Qual é o impacto da saída dos investidores estrangeiros sobre a bolsa brasileira e a economia do país?
Qual é a relação entre os juros nos EUA e a retirada dos investidores estrangeiros nos mercados emergentes como o Brasil?
Na terça-feira, outros indicadores econômicos na China, como principal importador de soja do mundo, frustraram as expectativas do mercado e contribuíram para um dia negativo para mercados emergentes, como o Brasil.
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Apesar da saída dos investidores estrangeiros em relação aos mercados emergentes, o investidor institucional aportou R$ 1,32 bilhão e o investidor individual aportou R$ 226,9 milhões em ações já listadas na B3 no mesmo dia.
Deixando isso de lado, é importante entender qual é o impacto da saída dos investidores estrangeiros sobre a bolsa brasileira, a economia do país e os investidores locais, para que estes últimos possam se preparar e tomar decisões mais assertivas. Ao mesmo tempo, é fundamental que o país tome medidas estruturais para melhorar o ambiente de negócios e atrair novos investidores, tanto internacionais como domésticos, de forma a estimular o crescimento econômico sustentável no longo prazo.
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Por /Augusto Decker e Isabel Filgue