O diagnóstico preciso da hipertensão arterial é crucial para evitar complicações graves, como AVC e insuficiência renal. No entanto, as medições realizadas apenas em consultórios médicos podem ser influenciadas por fatores externos, como ansiedade e estresse, o que pode gerar um diagnóstico incorreto e tratamento desnecessário. Foi pensando nisso, que a Sociedade Brasileira de Cardiologia lançou novas diretrizes sugerindo a realização de exames adicionais fora do consultório para avaliações mais precisas.
As novas diretrizes promovem exames adicionais para diagnósticos precisos
As novas diretrizes sugerem que os pacientes levem os dispositivos para casa e os utilizem durante a rotina diária, o que permite compreender como a pressão arterial se comporta no dia-a-dia. Essa análise mais ampla dos números pode ser essencial para evitar diagnósticos incorretos, o que significaria tratamentos desnecessários e possíveis efeitos colaterais. A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomendou a realização de uma das três modalidades de exame - Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) e Automedida da Pressão Arterial (AMPA).
Variações Comuns
Com a realização desses exames, é possível detectar variações comuns que não costumam ser identificadas quando o acompanhamento é feito somente com medições pontuais nos consultórios, tais como a hipertensão do avental branco (HAB), a hipertensão mascarada (HM), alterações da pressão arterial no sono e hipertensão arterial resistente (HAR).
Desafios a serem enfrentados
Embora as novas diretrizes busquem tornar a medição da pressão em casa amplamente adotada, existem desafios práticos, como a falta de familiaridade do paciente com os dispositivos e possíveis dificuldades de acesso na saúde pública, especialmente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Estilo de vida e hipertensão
O estilo de vida é um grande fator de risco para a hipertensão arterial, como uma dieta rica em sal, falta de atividade física e consumo excessivo de álcool. A cardiologista Lucélia Magalhães, presidente do departamento de hipertensão da SBC, destaca que o consumo excessivo de sal é o principal responsável pela alta incidência de hipertensão em nossa população. “Consumimos quase o dobro do recomendado. Temos uma cultura de alimentação salgada”, afirma. Para preveni-la, é essencial uma política de saúde que priorize a redução da ingestão de sal e, em seguida, o controle da obesidade.
Conclusão
O diagnóstico correto da hipertensão arterial é imprescindível para a adoção do tratamento adequado, assim como intervir de forma preventiva. O uso dos exames em casa podem ser importantes para detectar variações de pressão arterial, dando condições mais precisas de atuação para o médico, contribuindo para evitar o desenvolvimento de complicações.
Essas novas diretrizes vêm embasadas em uma série de estudos da Sociedade Brasileira de Cardiologia e deve ser levada em conta nas medidas tomadas pelo governo federal e pelos médicos na prescrição dos tratamentos para seus pacientes.
Não deixe de consultar seu médico, fazer exames periódicos e adotar um estilo de vida saudável. A prevenção é sempre o melhor remédio.
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