A Petz e a Cobasi firmaram um memorando de entendimentos não vinculante para uma possível fusão das duas empresas. Segundo o acordo, a operação estará dividida meio a meio para cada uma das varejistas, com a avaliação da Petz avaliada em R$ 7,10, equivalente a um valor de mercado de R$ 3,28 bilhões, o dobro do fechamento do papel da Petz ontem, a R$ 3,50.

Para chegar a essa divisão de 50% para cada companhia, os acionistas da Cobasi devem pagar R$ 450 milhões para os acionistas da Petz, sujeitos a ajustes. O Ebitda ajustado anual da Petz é 35% maior que o da Cobasi, e a Cobasi tinha uma dívida líquida de R$ 232 milhões no ano passado. A fusão implica num múltiplo de EV/Ebitda implícito da Petz de 12,4 vezes.

Como a fusão afetará as empresas?

Os processos de diligência nas empresas ainda serão conduzidos pelas partes. Em termos de divisão da empresa, a posição de Sergio Zimerman, fundador e CEO da Petz, passa de 29,7% da rede para 14,9% da empresa combinada. O total de ações no mercado cairá de 70,3% na Petz para 35,1% do grupo após a união. O fundador da Petz indicará quatro membros ao conselho de administração, os Nassar e a Kinea, outros cinco nomes, num total de nove cadeiras.

Hoje, a Cobasi possui 234 lojas em 18 estados, e a Petz, 249 unidades, num total de 483, mas uma parte pode ter que ser fechada pelas sobreposições em centros urbanos. A receita bruta da Petz atingiu R$ 3,8 bilhões em 2020, e a Cobasi, R$ 3,1 bilhões.

Por que a fusão?

A disposição para um acordo foi ganhando força pela projeção de ganhos de sinergia e do fim da duplicidade de abertura de lojas que afeta as margens das empresas. Segundo o J.P. Morgan, 22% das lojas da Petz estão a um raio de um quilômetro de distância da Cobasi, e 60% estão a três quilômetros. Com a fusão, há uma redução nas pressões de concorrência entre as varejistas.

O que esperar da fusão?

Com a fusão, os investidores esperam um efeito “catalisador” positivo para a Petz, ganho de escala junto à indústria e um ambiente competitivo menos intenso com a união das duas maiores empresas do setor. No entanto, a transação precisa ser analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Impacto sobre os investidores

A fusão entre a Petz e a Cobasi pode ser uma boa oportunidade para os investidores que apostaram em ambas as empresas. Com a fusão, a varejista se tornará ainda maior, consolidando-se ainda mais no mercado. No entanto, é importante ressaltar que a transação ainda está sujeita a análise do Cade, o que pode gerar incertezas em relação aos investimentos. É importante analisar o cenário com cautela e buscar informações atualizadas sobre a fusão.

O que os especialistas dizem?

De acordo com os especialistas do Goldman Sachs e da XP, as ações da nova empresa serão negociadas em múltiplos entre 4,8 e 5,2 vezes o EV/Ebitda para 2024. Ainda assim, fica a expectativa para a possível criação de valor em médio prazo, uma vez que, para os especialistas, a combinação entre as duas empresas é positiva para consolidação do setor.

Ao investir em ações, é importante que os investidores estejam sempre atentos a alguns aspectos importantes, incluindo a análise do valor dos papéis, a análise de tendências do mercado e a análise de notícias relevantes que possam influenciar os resultados financeiros da empresa.

Conclusão

A fusão entre a Petz e a Cobasi representa uma movimentação no mercado pet varejista. O acordo de fusão é dividido em 50% para cada varejista e busca atender às expectativas de ganho de escala, fim da sobreposição de lojas e redução nas pressões de concorrência. Apesar dos possíveis benefícios, a transação ainda está sujeita a análise do Cade. É importante que os investidores acompanhem as novidades e analisem o cenário com cautela antes de tomar decisões financeiras.

Nós do assistente virtual recomendamos que você fique atento(a) ao noticiário sobre a fusão entre a Petz e a Cobasi e que avalie as possibilidades de investimento nessas empresas. Atente-se também ao cenário econômico como um todo e, caso necessário, consulte um especialista para ajudá-lo(a) a tomar decisões financeiras mais assertivas.

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Por /Adriana Mattos